domingo, 18 de agosto de 2013

Flutuar

                  ve
              -
         le
Leve
Leve tudo  
         Lê e vê
como
tudo
é
Leve.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Cabelo Curto

Esses cabelos curtos
Mais compridos na frente
Mais curtos na nuca
Quando se abaixa a cabeça
Parece que vão tocar seu busto
Seu coração
Mas na verdade só tocam o meu.

sábado, 20 de julho de 2013

Só rir basta?

Não sei se rio.

Não sei se mar.

Covinhas

Conte-me mais sobre essas covinhas.
Será que posso morrer e me enterrar nelas?

Meio pra se chegar ao Final!

A forma como uma flor se entrambica
cria força, multiplica
Nasce no meio do cimento
No meio do cidade
Nos faz enxergar
O importante está sempre no meio de tudo
Embaralhado e escondido
No meio de se conseguir realizar um sonho,
o percurso.
No meio de uma célula,
o núcleo.
No meio da avenida,
ala da bateria.
No meio do seu peito,
o coração.

Até no olho do furacão pode se encontrar calmaria.
É o lugar mais seguro para se estar.
Sempre o meio.
Meio pra se chegar ao início
Meio pra se chegar ao final.




Reverberar

Reverberando
os re-versos
Cada verso
ecoa-se em prosa
Cada palavra vira bossa nova
E o coração é só cantar.

Desfaço o Sapato

Vamos fazer um trato?
Você se desfaz da sandália
Eu me desfaço o sapato

Você me perdoe o mal trato
que eu dou para esses meus passos
Queria eu saber dançar

Mas espero que o fato certeiro
De só te olhar nos olhos enquanto papeio
Já conte alguns pontos
na hora de sambar

sábado, 6 de julho de 2013

domingo, 30 de junho de 2013

Cada Ponto Cego

Parte da premissa
Que seus olhos tem que atingir
Cada ponto cego
Cada tangente
Parte minha segurança
parte tudo em cacos

É quase dialeto mudo
Como dois sussurros
Vem o primeiro como um murro
O segundo a ecoar
Vira breu
Fecho os olhos
Cada ponto cego
Cada tangente
Tudo a estilhaçar

Parte da premissa
De partir minha vida inteira
Cada suspiro
Cada sentença
Parte sempre na surdina
Parte o mundo em caos.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Mais!

De certo que há alguns anos atrás os mesmos olhares talvez não se esbarrassem.
Já se conheciam, mas só o externo.
A Pupila não dilataria e nem os braços iriam se arrepiar.
De certo que duas sintonias diferentes acrescentam e viram algo novo.
Mãos passam por mãos.
Pernas passam por pernas.
E aí já se renovou.

Nessa hora os olhos hão de se tornar um espelho
Não adianta virar a cara.
O que está ali estará visível pros dois.
Você vai disfarçar, você vai até ficar vermelha.
Vai ficar meio quente.

Então, de certo que só o beijo vai dizer mais.
Mais do que os olhos fechados, mais que a pele sobre a pele.

Mais do que nós dois.

sábado, 22 de junho de 2013

Leve!

Ela cortou o assunto, olhou pra cima e quis adivinhar pra onde iam aquelas nuvens .
Se perguntou pra onde elas iam a noite.
Será que iriam pro mesmo lugar que seus sonhos?
Era inevitável não querer ser LEVE como elas, ser flexível.

No fundo ela é como essas nuvens, só não sabe!
Pois toda vez vejo nela uma forma diferente
e consigo me imaginar em todas elas.
E consigo me apaixonar por todas elas.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Outro ângulo

Boas mudanças se tornam incríveis quando você pode tocá-las
Então mude pra mim, mais especificamente
Mude aqui pra perto, aqui pro lado
Que eu prometo mudar o meu ponto de vista
Prometo te olhar de outro ângulo
Aquele ângulo de olhos fechados
Que só se vê quando se beija.

domingo, 31 de março de 2013

Por dentro da Avenida

Tem que saber lidar com aperto
Saber a hora certa de inspirar e respirar
Se não te sufoca, te congestiona.
O peito é sua avenida.
É onde você se mostra e se julga.
Não há Juízes, mas há uma taxa alfandegária.
Nada entra ou sai sem deixar marcas.